“Creio que eu poderia transformar-me e viver como os
animais. Eles são tão calmos e donos de si,
Detenho-me para contemplá-los sem parar.
Não se atarantam nem se queixam da própria sorte,
Não passam a noite em claro, remoendo suas culpas,
Nem me aborrecem falando de suas obrigações para com Deus.
Nenhum deles se mostra insatisfeito, nenhum deles se acha
dominado pela mania de possuir coisas.
Nenhum deles fica de joelhos diante de outro, nem diante da
recordação de outros da mesma espécie que viveram há milhares de anos.
Nenhum deles é respeitável ou desgraçado em todo o amplo
mundo.”
Walt Whitman
Extraído do prefácio de “A conquista da felicidade” de Bertrand
Russell.